Series of multimedia pieces composed in collaboration with Lia Sfoggia and Ráiden Coelho|Série de peças compostas em colaboração com Lia Sfoggia e Ráiden Coelho
Afefê 1 vídeo (dancer, flute and electronics)|vídeo (bailarina, flauta e eletrônica) 2020 Score
Series of short pieces for solo clarinet composed in collaboration with Batista Jr|Série de peças curtas para clarinete solo compostas em colaboração com Batista Jr
series of works for solo instruments with and without electronics|série de peças para instrumentos solo, com e sem eletrônica
Erupção I (Eruption #1) clarinet|clarinete 2018 Score|Partitura Premiere Nina Jaunssen-Deinzer New Music Touchpoints, Kiyv Contemporary Music Days/Festival Dias de Música Electroacústica Lisboa Incomum (Portugal) 16/06/2018
Erupção II (Eruption #2) sopranino saxophone and real-time electronics (Pd)|sax sopranino e eletrônica em tempo real (Pd) 2019-2020 in collaboration with|em colaboração com Pedro Bittencourt Score|Partitura Premiere Pedro Bitterncourt 5th International Congress of Music and Mathematics – MusMat 2020 Enlarge Your Sax: Works for Sax and Electronics 11/12/2020 https://youtu.be/M4x8TB5VNEk
Base is a collaborative work by Guilherme Bertissolo and Lia Sfoggia. The piece is based on two interdependent axes: Ambiguity of Technology in Metropolis and the relationship between body and technology mediated by culture. The film express the ambiguity of technology and allow the artists to argue the contemporary debate about man-machine interface. The problems of the man-machine interfaces can be understood through the contemporary body, taking the movement and its cultural significance as a point of view for discussion. The piece is written for piano, electronics, and
videodance, in a collaboration between the composer Guilherme Bertissolo and the dancer/choreographer Lia Sfoggia.
electroacoustic in 4 channels with video projection and sound installation|eletroacústica em 4 canais com projeção de vídeo e instalação multimídia
2017
Balance is a piece of music and video-dance created by Guilherme Bertissolo and Lia Sfoggia during their one-month residency at the Experimental Acoustic Research Studio (EARS) and the Center for Ideas and Society, University of California, Riverside, in 2017. The residence was supported by a grant from Ibermusicas (Ajuda a Compositores para Residências Artísticas 2016). The work was inspired by the universe of “capoeira”, a combination of music, dance and martial arts that has been developed in Brazil by West African slaves and its descendants and has been exported all over the world.
In Balance, the idea of absurdity can be understood in two different ways: first, the irrationality of the persecution, since capoeira has a symbolic meaning as a practice of resistance and emancipation from social and cultural oppression; on the other hand, as a practice that cannot be fully framed or arrested in a set of established rules, due to the ambiguous and complex nature of capoeira.
Balance é uma obra de música e dança com mediação tecnológica, criada e estreada na residência de Guilherme Bertissolo e Lia Sfoggia no Experimental Acoustic Research Studio (EARS, Riverside, California/EUA), possibilitada pela concessão do apoio Ibermusicas – Ajuda a Compositores para Residências Artísticas 2016. A obra é resultado de uma pesquisa em andamento baseada no universo instigante da Capoeira Regional, a partir de diálogos em torno dos desdobramentos criativos do seu universo. O contexto desse trabalho remete há oito anos de atividades de Bertissolo e Sfoggia na Fundação Mestre Bimba, em Salvador. A apresentação consistiu de uma instalação com quatro altofalantes e quatro televisores. O primeiro deles, instalado no hall de entrada, mostrava as imagens captadas em tempo real dos pés das pessoas presentes na sala principal. Nesta, dois televisores foram dispostos em lados opostos, rodeados pelo sistema quadrifônico de som. Foram dispostas cadeiras para o público. Em uma terceira sala, contígua, havia um terceiro quarto televisor projetando imagens captadas em Salvador e Riverside.
Balance (em português, um imperativo do verbo balançar, em inglês, equilíbrio) explorou a ideia de equilíbrio dinâmico, presente nos diversos aspectos da capoeira, como a ginga, que permite os constantes deslocamentos de peso que ajudam o capoeira a se manter em pé, em uma metáfora da resistência que a capoeira representa como manifestação outrora perseguida, hoje celebrada.
Premiere Center for Ideas and Society
University of California, Riverside
15/02/2017
Obra escrita em Homenagem a Paulo Costa Lima, busca alimentar a dubiedade entre a literalidade da palavra, e sua acepção de troca, ou movimento no âmbito dos seus materiais e processos, e a noção psicanalítica de transferência (um tema caro ao homenageado). Nesse caso, a relação de transferência não ocorre entre paciente e terapeuta (será?), mas entre ideias de dois compositores, muitas vezes sob o prisma da influência direta, acadêmica e artisticamente.
Premiere
Duo Robatto
III Festival de Música Contemporânea Brasileira
ADUNICAMP, Campinas
18/03/2016
didactic work for ensemble|obra didática para conjunto misto
2016
Score available in: Simone Marques Braga e Mônica Cajazeira Santana Vasconcelos. (Org.). Tocar, cantar, criar: a composição no ensino musical. 1ed.Feira de Santana: Editora da UEFS, 2018, v. , p. 211-218
Sonoridades que se tramam no espaço da escuta. Uma concatenação de gestos que se desdobra no tempo, e que anseia a reversibilidade, oferece o futuro em troca do passado. A composição da obra didática Trama em Espelho ocorreu a partir desse contexto poético, dessa intenção expressiva1. Mas não apenas. A obra responde também ao desafio da composição de uma obra contemporânea de caráter didático.
O desafio a ser enfrentado é enorme, mas não menos pertinente. O compositor Ernst Widmer costumava afirmar que “compor e educar é a mesma coisa”2. Ora, os processos de ensino e aprendizagem carregam consigo o compor em suas múltiplas facetas, assim como cada composição é um ato pedagógico.
Mas o desafio não reside em questões conceituais. A expansão dos horizontes no compor e na análise musical acentuada nos últimos 50 anos, que ocasionou em uma vertiginosa multiplicação das tendências estéticas, processos, materiais, bem como sonoridades e técnicas de execução musical, coloca-nos frente ao problema. Reconhecer e fazer perceber a expansão de horizontes ao tempo em que se propõe algo didático, acessível, passível de ser tocado por músicos não-profissionais.
Trama em Espelho responde ao desafio a partir de uma experiência prévia. O projeto Música de Agora na Bahia (MAB)3, que coordeno em colaboração com os compositores Alexandre Espinheira e Paulo Rios Filho, desenvolveu uma série de ações de formação de compositores, intérpretes, não apenas no contexto da universidade, mas em escolas da rede básica de ensino e através de um programa de formação. Entre 2012 e 2015, realizamos quase 50 recitais-relâmpagos em escolas da rede básica, com obras de um minuto de duração, escritas por compositores em formação, para intérpretes em formação, para serem ouvidas por uma plateia em formação.
Sob o ponto de vista prático, a obra apresenta um conjunto reduzido de materiais, organizados sob uma forma espelhada – o que garante uma coesão e permite um maior aproveitamento e entendimento no estudo das partes e na montagem –, sem mudanças de compasso ou andamento. Entretanto, esses materiais são submetidos a transformações nas sonoridades a partir de pequenas estratégias de mudanças de timbres, formação de texturas, derivação, inflexões e variação.
Logo nos compassos iniciais, é possível notar um conjunto limitado de materiais tem a potencialidade de gerar variedade pela transformação de padrões simples. Os colchetes marcados nas partes do violão/guitarra, bandolim/cavaquinho e violoncelo/contrabaixo, indicam padrões de 7, 5 e 3 tempos respectivamente. A repetição desses padrões permite que cada músico tenha um conjunto limitado de sons para executar, que devem ser repetidos. Entretanto, como são números primos, o alinhamento dos materiais não ocorre brevemente, o que garante a variedade e coesão na forma.
Outras estratégias envolvem o uso de ideias simples que são derivadas, como a alternância de casas em uma mesma posição no violão, gerando três acordes diferentes, nos compassos 3, 5 e 13; a escolha de um número de multifônicos simples na flauta e no clarinete que são repetidos em diferentes combinações ao longo da obra; e a rotação de materiais previamente executados, como ocorre nos compassos 26 a 30.
Embora as estratégias de transformação e derivação partam de operações simples, a obra apresenta desafios. Musicalmente, ela demanda do grupo uma entrega para uma escuta específica. Tecnicamente, a obra não está organizada a partir de parâmetros mais convencionais, tais como harmonia, forma e ritmo. Nesse sentido, os gestos, timbres e texturas tem uma importância mais acentuada na forma do que os parâmetros musicais tradicionais.
Recomenda-se a regência para um melhor resultado em termos didáticos. A familiaridade com as sonoridades e técnicas de execução poderia facilitar. Entretanto, as técnicas de execução, embora não tão conhecidas em alguns contextos, são amplamente aplicadas e abordadas em manuais de orquestração e sítios especializados na internet4.
É preciso ressaltar ainda que as sonoridades, materiais e processos da obra foram inspirados no repertório de obras recentemente apresentadas no projeto Música de Agora na . Espero que essa obra possa contribuir para a expansão de horizontes e que tenha a capacidade de possibilitar experiência instigantes, provocando os estudantes a descobrir novos caminhos nas práticas musicais.
1Abordar um processo de composição de uma obra é por si só um desafio. A expressão “intenção expressiva” e outros termos e entendimentos que suportam o discurso são discutidos por REYNOLDS (2002). Realizei uma incursão em um possível compor a partir do contexto da capoeira regional na minha tese de doutorado (BERTISSOLO, 2013).
2A esse respeito, ver as intrigantes considerações de LIMA (2012, 2014) sobre o ensino de composição e sobre a pedagogia de Widmer.
3O projeto Música de Agora na Bahia (http://www.musicadeagoranabahia.com/) teve sua primeira edição em 2012. A última edição julho de 2014 e se estendeu o começo de 2016 e contou com: (1) série de dezoito concertos com atrações nacionais e internacionais; (2) dezoito projeções de música eletroacústica, com interação de video-artistas, bailarinos e atores; (3) quatro seminários em música contemporânea, durando uma semana cada, com professores de composição e instrumentistas de outros estados e/ou países, incentivando assim também o intercâmbio entre pares; (4) trinta e dois concertos relâmpago em escolas da rede pública; e (5) concurso de composição que terá como prêmio uma residência artística em Salvador visando a composição de uma obra inédita.
4Como por exemplo ADLER (1989). Uma lista de links para fontes sobre recursos (instrumentais, de orquestração e técnicas estendidas), compositores que desenvolvem um compor a partir das sonoridades mencionadas e fontes institucionais úteis está disponível em https://guilhermebertissolo.wordpress.com/links/.
A obra Espelho Mágico (Quatro Quase-Haikais de Mário Quintana) foi escrita em homenagem ao Centenário do compositor H. J. Koellreutter, por ocasião do concerto comemorativo do MAB.
Os processo de composição foram inspirados nas ideias poéticas de Koellreutter, em especial na sua obra Oito Haikais de Pedro Xisto.
Quatro poemas de Mário Quintana, oriundo da antologia Espelho Mágico servem como contraponto às ideias de Koellreutter. A ironia e humor de Mário Quintana dialogam com as ideias poéticas de Koellreutter em um diálogo impossível.
Premiere Henrique Moraes, Ráiden Coelho, Beatriz Alessio, Humberto Monteiro e Ricardo Flash Música de Agora na Bahia Museu de Arte Sacra 14/12/2015
Obra escrita para trio de forró, busca a exploração das sonoridades típicas dessa formação instrumental em uma perspectiva contemporânea.
Uma obra clássica do repertório é tratada plasticamente, como matéria para diversas transformações, que exalam a sonoridade típica do trio de forró clássico.
Premiere
Edson Lima, Érica Sá, David Martins
4º Seminário do MAB
Goethe Institut – Salvador
16/12/2015
Obra vencedora do I Prêmio de Música Contemporânea da Bahia
A obra Cabelo (Fricotando) realiza uma fusão crítica entre a canção Fricote, de Luiz Caldas – uma das pedras fundamentais da Axé Music – com gestos e processos contemporâneos, inspirados na ideia de uma textura de “Cabelo Duro”.
O ímpeto para a composição da peça surgiu de uma manifestação realizada por estudantes na ocasião da Aula-Show de Luiz Caldas na UFBA, em 2015, motivada por atos de injúria racial ocorridos na Faculdade de Arquitetura na Semana de Calouros, em março de 2015. O cabelo é um ato político, cultural, manifesta resistência e força.
Essa peça, portanto, presta uma homenagem ao cabelo afro, busca a conexão ancestral com as forças de resistência e a eterna transformação, motivadas pela necessidade sobrevivência. Homenageio também as mulheres negras, em especial ao cabelo duro e revolucionário de Luísa Mahin, personagem histórica da Bahia, uma das lideranças da Revolta dos Malês. Luísa é considerada uma heroína brasileira, embora pouco se ouça dessa proprietária de um Cabelo Duro e de um pulso firme. A fusão crítica nos conduz pouco a pouco para um poema do seu filho, o poeta abolicionista Luis Gama, intitulado “Minha Mãe”, fazendo alusão à terna pessoa. Quando nos deparamos, estamos no ambiente sonoro do poema, numa espécie de ilusão de liberdade, para logo retornamos ao nosso jogo de textura, emaranhado de fios e cabelos afro.
Premiere
Camará Ensemble
I Prêmio de Música Contemporânea da Bahia
Reitoria da UFBA
20/10/2015
A obra Ilex foi composta para o projeto NMEchá em 2015. O mote criativo foi a experiência em torno do Chimarrão e as características do sabor da Erva-Mate (Ilex paraguariensis). A obra presta uma homenagem ao poeta João da Cunha Vargas, tomando como fonte de materiais uma gravação de um trecho poema Chimarrão, registrado no disco A Estética do Frio, de Vitor Ramil.
Series of electroacoustic/mixed works|série de obras eletrônicas e mistas
Uma explosão, mas uma explosão bela e sensível. O deslumbramento frente a uma experiência inexplicavelmente forte e plena de entusiasmo. A série Boreal trata ao mesmo tempo da força e da delicadeza presentes nos recônditos desvãos da existência humana.
Boreal I acousmatic|acusmática (2014)
4 channels Premiere 2º Projeção Sonora do MAB
Casa Preta Espaço de Cultura
01/08/2014
Boreal II flute and real time electronics|flauta e eletrônica em tempo real (2014) Score|Partitura Premiere César Diniz 3º Projeção Sonora do MAB
Casa Preta Espaço de Cultura
22/08/2014
Boreal III
percussion and real time electronics|percussão e eletrônica em tempo real (2015)
Composed in collatoration to|composta em colaboração com Mateus Espinha Oliveira Score|Partitura Premiere Mateus Espinha Oliveira
Recital de Mestrado, UFMG
26/08/2015
Boreal IV
steel drums and real time electronics|steel drums e eletrônica em tempo real (2015)
Composed in collatoration to|composta em colaboração com Humberto Monteiro Score|Partirura Premiere Humberto Monteiro
14ª Projeção Sonora
Goethe Institut – Salvador
17/11/2015
Boreal V
bouzouki and real time electronics|bouzouki e eletrônica em tempo real (2015)
Composed in collatoration to|composta em colaboração com Gigito (Vitor Silva Rios) Score|Partitura Premiere Gigito (Vitor Silva Rios)
15ª Projeção Sonora do MAB
Goethe Institut – Salvador
18/11/2015
Fumebianas Nº 1 for flute, clarinet, trumpet, violin and cello|Flauta, clarinete, trompete, violino e violoncelo (2011) Score|Partitura Premiere GIMBA (Grupo de Intépretes Musicais da Bahia) Bafrik Project Teatro Vila Velha – Salvador
22/03/2011
Fumebianas Nº 2 for flute, clarinet, guitar, harp, piano, violin, viola, cello and double bass|flauta, clarinete, violão, harpa, piano, violino, viola, violoncelo e contrabaixo (2011-2017) Score|Partitura Premiere XXII Bienal de Música Brasileira Contemporânea
FUNARTE Prize 2016
Sergio Barrenechea, Cesar Bonan, Fabio Adour, Vanja Ferreira, Lucia Barrenechea, Ayran Nicodemo, João Senna, Pablo de Sá, Larissa Coutrim
Alexandre Schubert (conductor)
Sala Cecília Meireles – Rio de Janeiro
25/10/2017
Fumebianas Nº 3 piano (2011) Score|Partitura Premiere
Aron Kallay
Wednesday@Noon, University of California, Riverside
23/11/2011
Fumebianas Nº 4 for flute, clarinet, alto sax, bass clarinet and tuba|flauta, clarinete, saxofone contralto, clarinete baixo e tuba (2012) Score|Partitura Premiere Camará Ensemble – Sopros em Brasa
I Seminário em Composição – Projeto Música de Agora na Bahia
Espaço Cultural Barroquinha, Salvador
20/06/2012
Fumebianas Nº 5 for flute, clarinet, guitar and cello|flauta, clarinete, violão e violoncelo (2012) Score|Partitura Premiere
Maria Carolina Calvalcanti (flauta), Thiago Tavares (Clarinete), Gabriel Lucena (violão) e Murilo Alves (violoncelo)
Série Quinze – Sérgio Roberto de Oliveira
CCJF – Rio de Janeiro
14/10/2012
Fumebianas Nº 6 for clarinet quartet|quarteto de clarinetes (2012) Score|Partitura Premiere
Quarteto de Clarinetes da UFBA (Guiherme Bertissolo, conductor)
II Seminário em Composição – Música de Agora na Bahia
Teatro Vila Velha – Salvador
17/10/2012
Premiere
Josehr Santos (Baixo), Grupo de Percussão da UFBA, Regência Jorge Sacramento (Baguinha)
IV Festival Internacional de Percussão 2 de Julho
Teatro Martin Gonçalves – Salvador
Recorded by Grupo de Percussão da UFBA, Álbum Ouça Sfot Poc: